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Evite o câncer de pele: faça autoexame de pele

Câncer de pele

O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil e no mundo.

Começa a se desenvolver a partir da infância e da adolescência, por ação da radiação ultravioleta dos raios solares.

São conhecidas três formas de câncer da pele. Os mais comuns são o Carcinoma Basocelular e o Espinocelular, correspondendo a 90% dos casos.

Carcinoma Basocelular

Os carcinomas se apresentam como feridas que sangram e formam cascas que descamam e demoram a cicatrizar. Geralmente se localizam em áreas expostas ao sol como rosto e dorso das mãos.

Carcinoma Espinocelular

O Melanoma Maligno é a terceira e a mais agressiva das formas, pode disseminar-se pelo corpo. Caracteriza-se geralmente pela cor negra intensa, como mudança de cor de uma pinta ou sinal, mesmo que de nascença.

Melanoma Maligno

Ás vezes pode se apresentar com algumas áreas avermelhadas ou azuladas que não se elevam muito sobre a pele, a não ser quando começam a crescer.

Quando detectados precocemente e tratados adequadamente, curam-se praticamente 100% de todos os casos.

Quem corre mais risco de desenvolver câncer de pele?

Ninguém está livre da possibilidade de desenvolver câncer da pele ou outros problemas de saúde, decorrentes da exposição errada aos raios ultravioleta, mas os fatores abaixo relacionados aumentam os riscos.

Pessoas com pele clara
  • Pessoas de pele e olhos claros;
  • Trabalhadores ao ar livre (lavradores, ambulantes, pescadores, marinheiros, etc);
  • Desportistas (ciclistas, nadadores, surfistas, montanhistas, corredores, etc);
  • História familiar de câncer da pele;
  • História pessoal de câncer da pele;
  • Exposição crônica ao sol;
  • História de queimaduras solares severas na infância e adolescência;
  • Certos tipos de sinais e grande número de sinais;

 Informações importantes para evitar o câncer de pele:

  1. Os raios ultra-violeta do sol ou de lâmpadas de bronzeamento artificial provocam a alteração da pele, que causa câncer de pele;
  2. Os raios ultra-violeta são mais intensos das 10 às 16 horas, principalmente em praias e montanhas;
  3. Os dias nublados também apresentam grande quantidade de raios ultra-violeta. O guarda sol evita apenas uma parte deles (40%);
  4. Como a exposição solar tem efeito cumulativo, o câncer de pele pode surgir depois de vários anos de exposição ao sol;
  5. Existe uma relação direta entre a diminuição da camada de ozônio e o aumento do número de casos de câncer de pele;
  6. O excesso de sol não só pode provocar queimaduras e câncer na pele, como também, insolação, desidratação e envelhecimento precoce;
  7. O frio e o vento também contribuem para a doença, assim como os agrotóxicos e outros produtos químicos;
  8. Cicatrizes grandes e antigas, como queimaduras predispõem à doença.

Como fazer o auto-exame de pele?

Primeiro procure um local bem iluminado e, de frente ao espelho, inspecione completamente todas as partes do seu corpo, desde a cabeça até os pés, sem deixar de observar bem o rosto, braços, antebraços, mãos, tórax, abdômen, região genital, coxas, pernas e pés.

Com um espelho de mão, explore as costas e laterais do corpo, desde o pescoço até o final das pernas, sem esquecer a parte interna das coxas e a planta dos pés.

Por último, examine o couro cabeludo.

O que procurar no auto-exame de pele?

Procure por pintas, verrugas (que podem ser ou não de nascença), nódoas e crostas.

Fique alerta às modificações de espessura, superfície, cor, tamanho, coceira ou sangramento.

Dê especial atenção às pintas e verrugas negras.

Depois dos primeiros auto-exames da pele será possível ficar mais familiarizado com a aparência e a superfície normal dela.

Qualquer mancha que cause muita coceira ou que esteja descamando ou sangrando, ou feridas que não cicatrizam há mais de quatro semanas devem servir como um alerta para ir ao médico.

Sinais de Alerta!

  • Lesão da pele que aumenta de tamanho ou que tem aspecto de uma pérola, translúcida (semitransparente), marrom, vermelha, rósea ou multicolorida.
  • Sinal que mostra mudanças na coloração e /ou na textura, que se torna de bordas de formato irregulares, aumenta de tamanho, ou é maior que a ponta que não escreve do lápis.
  • Mancha ou sinal que persiste com sensações de coceira, sangramento, “uma ferida que não cura”, ou que cura e novamente abre, por mais de 3 semanas.
  • Uma área da pele que, ao ser tocada, dá a sensação de lixa, áspera.
  • A pele ao redor do sinal torna-se vermelha, ou se torna inchada.
  • Sinal que apareça, após a idade dos vinte e um anos.

A B C D da pele no auto-exame de pele

A – ASSIMETRIA

Se traçar uma reta no meio do sinal, ou pinta benigna, as metades serão praticamente iguais, na maligna, não.

B – BORDA

Lesões benignas apresentam formato regular, bem definidas. Os malignos, ao contrário, são irregulares, com reentrancias e entalhes.

C – COR

As lesões benignas normalmente apresentam uma coloração marrom uniforme. As malignas mostram variadas tonalidades de marrom ou preto e, as vezes, tons avermelhados, brancos e azuis.

D – DIÂMETRO

Uma lesão maligna normalmente é maior que a ponta não-escrevente de um lápis.

Observadas quaisquer dessas alterações

procure seu médico imediatamente!!!!!

 Previna-se contra o câncer de pele !!!!

  1. Limite o tempo de exposição ao sol. Evite o horário entre 10 e 16 horas.
  2. Procure a sombra.
  3. Use chapéu e roupas adequadas.
  4. Use filtro solar com fatores de proteção 15 ou maior, regularmente. Quando exposto diretamente, reaplique a cada 2 horas.
  5. Use óculos de sol, com proteção 100% contra ultravioleta.
  6. Evite bronzeamento artificial.
  7. Mantenha crianças fora do sol. Filtros solares podem ser usados em crianças a partir dos 6 meses.
  8. Crie nos seus filhos práticas saudáveis de proteção solar.

 


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Referência:

Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências, 3ª edição, Bruce B. Duncan, Artmed, 2004.